A pêra
Los Angeles
Como de cera
E por acaso
Fria no vaso
A entardecer
A pêra é um pomo
Em holocausto
À vida, como
Um seio exausto
Entre bananas
Supervenientes
E maçãs lhanas
Rubras, contentes
A pobre pêra:
Quem manda ser a?
Vinicius de Moraes…Los Angeles, 1947.
um homem por lhe ver peras,
ele peras não comeu,
também a ninguém deu peras.
Não botou peras no chão,
consigo não trouxe peras,
mas consta que na pereira
também não ficaram peras.
Pergunta-se agora a todos
como foi isto das peras?
Quem quiser dar neste enigma
decerto tem para peras.”
Tinha uma pêra sobre a mesa
Verde, arenosa e suculenta
(Como desejei!)
De tanto vê-la, senti-la pudera
Mas nunca prová-la, a certeza.
(Nunca por, pequei!)
Pêra abstrata, pura, inata
Pêra dos deuses, fruta despida
Adão, Eva, a serpente cobiçara
Dessa fruta inerte a mordida
Pêra minha delícia
De saborear-te a doce espera
De desejar-te a lascívia
Que em meu paladar desperta
Pêra minha da janela.
(desconheço autor!)
(desconheço autor!)
This comment has been removed by the author.
ReplyDeleteQue lindos estes poemas
ReplyDeleteTão suculentos e saborosos minha amiga
Adorei a partilha
Beijos
Poemas bastantes belos e gostosos. Amei ler.
ReplyDeleteBeijo
Bom fim de semana.
Lindas peras que inspiraram poemas e enfeitaram o post! bjs, chica
ReplyDeleteGostosa esta poesia com sabor a pêras.
ReplyDeleteUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Mais um post incrível, com um naipe de escolhas de primeira, sobre o tema!...
ReplyDeleteAdorei tudo! Beijinhos
Ana