nasceu na Ilha Terceira em 1901
e faleceu em Lisboa, em 1978.
Estudou Direito em Coimbra,
trabalhando na
Imprensa da Universidade,
antes de se transferir para
a Faculdade de Letras,
onde se licenciaria em Românicas.
Foi professor universitário em Lisboa.
Viajado e irreverente, correspondeu-se
figuras da cultura europeia.
o
seu trabalho mais notável
Como poeta, citem-se os seguintes títulos:
«Nem Toda a Noite a Vida»,
«O Pão e a Culpa», «O Verbo e a Morte»,
«O Cavalo Encantado», ou «Canto da Véspera».
um programa que apresentava na RTP:
Rio que corres tão fundo,
Erva e choupos corcovados,
Nem toda a água do mundo
Faz os meus versos lavados!
Coimbra, minha madrinha!
Mondego, meu coração!
Ó Alta, a noiva que eu tinha
Morreu e pura paixão!
O meu amor que é Letrado,
Mandou-me dizer a mim
Que não me quer (desalmado!)
Com proclames em latim!
O meu bem anda em Direito
Aprende para juiz:
Mostra que guarda preceito
Nas sentenças que me diz.
O meu amor é estudante,
Caloiro de Medicina:
Já me opera o coração
Com sua lanceta fina.
O meu amor é estudante,
Vai-se formar em Ciências:
Não quero que se adiante,
Que as fitas medem ausências.
Amor que não quer sarar
Passa com panos de arnica:
Por isso eu quero casar
Com quem me ponha botica.
Já me formei em amores,
Tomo capelo em saudades:
Deitei fitinha de cores
Pelas cinco Faculdades.
As tricanas são da Alta,
Os futricas de Sansão,
O Mondego deu à malta
Um choupo por coração.
Espero que tenham gostado
dos meus olhares conimbricenses!!!